Loucura, não. Mas uma pequena pitada de fantasia é indispensável para se viver bem. A religião, por exemplo, ocupa o lugar dos contos de fadas das crianças. A sexualidade também está repleta de projeções. E nossas crenças, científicas ou espirituais, estão sempre mudando, mas ainda assim fantasiamos que nosso paradigma atual seja o definitivo. Há um infinito antes de nós, e outro infinito mais adiante, e sequer sabemos se e como participaremos dele - mas ainda assim vivemos a ilusão que o breve tempo que passamos por aqui é toda uma vida, para podermos vivê-la com um pouco de pé no chão.
É muito difícil observar a vida como de fato ela é, temos todo um hemisfério cerebral direito para processar o não-racional (deve ter sua causa), e não há nada de errado em colorir um pouco as coisas, ou cozinhar com uma (leve) pitada de tempero e sal. Já a loucura e delírios, patológicos, vem de uma negação da realidade, em que regredimos a um estado infantil de modo a que possamos continuar vivendo apenas de fantasias como se fossem reais, o que não é normal ou saudável a partir da adolescência, embora muitos "religiosos" insistam na prática infantil, como ensina Freud em sua obra "O Futuro de uma Ilusão".
Comentários, reflexões e respostas em psicanálise, filosofia, espiritualidade, sociologia e política, pelo Prof. Lázaro Freire. Pergunte-me qualquer coisa. Se deseja alguma resposta na forma de post, envie sua pergunta anônima, sintética e respeitosamente nos comentários, começando sempre com " PERGUNTA ANÔNIMA: " (sem as aspas).
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Um pouco de loucura é necessário para viver ?
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