quarta-feira, 6 de abril de 2011

Em qual religião começou sua iniciação espritual?Atualmente ainda segue alguma religião ou participa de alguma?

Sou católico de nascimento, batizado e crismado, toquei em muitas missas, fui membro de grupos de jovens - e, é claro, professor de catecismo.

Depois fui para a Igreja Batista, fascinado pela devoção com que se dedicavam ao Evangelho. Mas devido a outras "devoções" intensas, não fiquei lá por muito tempo.

Posteriormente, fenômenos paranormais que me incomodavam fizeram com que amigos me levassem para a umbanda, que na época me acolheu bastante. Mas como eu era mais mental e evangélico do que ritualista e simbólico, de lá fui rapidamente para o espiritismo "kardecista", o de "mesa branca", onde tive certa carreira meteórica como palestrante, dirigente, instrutor e coisas assim.

Mas como o CAMINHO não é o mesmo que um destino estático, acabei saindo para horizontes mais ecumênicos, universalistas e integrais, passando por Jung e integração de corpo, mente, alma e espírito.

Hoje me reencontro mais com a essência simbólica do catolicismo, muito além de todas as distorções históricas, dogmas, políticas e crendices populares atribuidas a ele. Descobri que meu "universalismo" rebelde, como o de muitos, aceitava TUDO de bom e de ruim, até mesmos religiões exóticas, sandices místicas e supostamente extraterrestres... EXCETO o meu próprio berço, não por acaso a religião de meus pais. Freud explica.

Que universalismo seria o meu se pudesse visitar a Ìndia, mas não Aparecida do Norte? Que valor ecumênico terei se souber sânscrito, chinês e interpretações literais do Baghavad Gitá e Tao Te King, mas APENAS para evitar perceber que a igreja de minha esquina TAMBÉM é casa de Deus e local sagrado de silêncio, oração e meditação, aberta a todos, e propiciando uma vida simbólica e ética para pessoas que não sabem escrever em línguas mortas distantes?

Aprendi muito no Seminário Paulopolitano, estudando Filosofia (da Religião) com os seminaristas. Aprendo muito e muito todos os dias no Arquidiocesano, tentando praticar a pedagogia amorosa de São Champagnat, e me encanto com o amor - sem demagogia - com que cada professor reconhece e leva a sério a sua missão EDUCADORA ali. E curso uma pós graduação em counseling (psicologia humanista, visando o sentido do ser) com padres, em uma instituição ligada à Psicologia da Universidade Gregoriana de Roma e à Escola de Formadores da Igreja Católica. Conheço padres e irmãos com enorme amor no coração, muitos missionários que levam vida de ascetismo em comunidades, muita gente amorosa que trabalha bastante em pastorais... E embora não tenha me tornado católico, nem abandonado tudo de bom que aprendi por esse caminho universalista, fico hoje me perguntando COMO nós espiritualistas ficamos tanto tempo tentando decifrar pérolas ou migalhas esotéricas em misticismos tão distantes (nada contra), mas não conseguimos olhar os PRÉDIOS enormes de amor e espiritualidade que estão erguidos bem ao lado de nós?

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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