quarta-feira, 6 de abril de 2011

Lázaro, gostaria que você falasse sobre a Maçonaria, ou seja, qual o seu ponto de vista em relação a esta ordem?

Não faço parte, mas tenho grande simpatia pela ordem e aprendi a respeitar muitas pessoas de lá de dentro, especialmente meu "primo" Zé Rodrix e meu amigão Luis de Goiás. Evidentemente nenhuma associação é perfeita, uma vez que é também a soma de seus membros, mas vejo nesta bons valores e intenções, embora sua linguagem não seja necessariamente a de todos. Conheço desvios e críticas à maçonaria, ao catolicismo e ao espiritualismo, mas em geral sempre falam mais em condutas isoladas de membros do que dos valores maiores da instituição. Nesse sentido, acho muito válido que ainda sobrevivam instituições - diversas, sem entrar no mérito da preferência de cada um - que trabalhem por fraternidade, igualdade e liberdade, valores que por si não seriam desaprovados por nenhum homem verdadeiramente religioso, ético, cristão e/ou espiritualista, de qualquer confissão.

Creio como Jung que o homem precisa de uma vida simbólica, e pessoalmente que precisamos resgatar e disseminar valores. A maçonaria é uma das possibildidades disso, dentre outras. Hoje sou mais ecumênico, creio que todo caminho pode ser bom. Parece contraditório para alguns eu gostar tanto da maçonaria quanto do catolicismo quanto do espiritualismo, mas se entenderem de fato o que eu digo em relação à necessidade de uma vida simbólica e de valores éticos, compreenderão. Fico feliz que haja opções diferentes para pessoas diferentes.

Além disso, quando fui morar no Espírito Santo, membros da ordem me ajudaram bastante, sou imensamente grato. Tenho e tive pacientes que fazem parte, e posso atestar como psicanalista que todos eles eram pessoas que tentavam seriamente crescer como pessoas. Comungo de alguns valores e interesses, talvez nem todos, mas muitos deles, de modo que várias vezes ao defender meus ideais e pontos de vista já fui confundido com um, até que os devidos sinais deixassem claro que sou mais um "primo" (como o Zé Rodrix carinhosamente me tratava) do que um "irmão".

Láz

Mais sobre minha relação com o saudoso primo Zé Rodrix, mestre e palestrante maçon, em: http://www.voadores.com.br/site/geral.php?txt_funcao=colunas&view=4&id=353

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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