sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Qual sua opinião sobre os textos de Luis Pondé, publicados na Folha de SP?

Em geral, gosto do Pondé e de boa parte dos argumentos dele. Especialmente os polêmicos ou que vão contra o senso-comum, INCLUSIVE o senso-comum acadêmico que "acha" que é contrário ao senso-comum-comum.

No Seminário Paulopolitano, onde estudei Filosofia, percebi que o Pondé sofre muitos preconceitos e generalizações. Por sorte, tive também professores como o Domingos Zamagna (que utilizava em sala visões do Pondé sobre Estética) e Mauro Araujo de Sousa (autor de Nietzsche Asceta, e que foi orientado pelo Pondé em seu doutorado), que me permitiram ver Pondé com outros olhos, antes que o preconceito acadêmico tentasse me converter.

Agora, cá entre nós, ô perguntinha simplista e genérica esta acima, não? Sei que foi uma pergunta inocente e bem intencionada, mas nas entrelinhas ela embute uma generalização ad hominem que ilustra o que ocorre contra pessoas que pensam como ele.

Tipo, qual dos textos? Se gostar de um, tenho que assinar embaixo de todos? Mesmo ele sendo intencionalmente polêmico e provocador? Ou o contrário: Se alguém um dia se incomodar com uma das quebras de paradigma do Pondé, deve baixar para o nível pessoal e refutar todos seus textos, a priori?

Percebo isso particularmente por ocorrer bastante comigo, que às vezes penso além do senso-comum de algumas áreas onde trafego. Embora eu não seja nenhum Pondé, e no máximo escreva algumas mensagens - despretensiosas e sem edição - em alguns blogs, redes sociais e listas de discussão. Pobre Pondé.






OBS1) Para quem não sabe de quem estamos falando, segue o Lattes deste filósofo, especialista em ciência da religião. Seu currículum fala mais por ele - e por seus temas de pesquisa - do que alguma opinião minha generalizada:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728105J6

OBS2) E aqui seguem-se as íntegras dos artigos dele na Folha, inclusive o último (Religião Sustentável), onde critica a "busca de uma Espiritualidade Light que mais parece a busca de uma marca de jeans". Desta vez, sobrou para o (pseudo) budista pop, um tipo que conhecemos bem nas listas de discussão e grupos espiritualistas - e, mais recentemente, nas rodas sociais e casas da venda do saber: fã (distante) dos Dalai Lamas, classe social média-alta, preocupações "sustentáveis", estilão de terapeuta-pseduo-ativista-light (ou cliente mais light ainda destes), que trata a espiritualidade como... bem, vamos dar a palavra ao autor:
http://integras.blogspot.com/2009/06/artigos-de-luiz-felipe-ponde-para-folha.html

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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