sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Como a psicanálise e a neurociência enxerga a consciência? Já como algo ligado ao corpo físico mas q pode se desprender? Como a viagem astral nesse ramo? É um fenômeno visto como algum sonho?

Isoladamente, dependerá muito da visão de cada corrente neurocientífica ou psicanalítica em questão. Já transdisciplinarmente, faço uma pós em Neuropsicanálise na UNIFESP, e meus professores - que parecem ter alguma abertura para questões transpessoais, apesar da maioria serem médicos e cientistas - nos trouxeram "estranhas" reflexões no sentido de que não temos lá tanta certeza assim do que seja a consciência, e de que parece que o cérebro por si só, como o conhecemos, é pouco para explicar o "software" mental. Segundo alguns neurocientistas, "explicações metafísicas não podem ser descartadas".

Há neurocientistas que de fato vêem a projeção como apenas um sonho. Embora sejam os mesmos que não saibam o que um sonho queira dizer. Mas quando falamos em neuropsicanálise, ou em outras abordagens transdisciplinares que considerem a vida além do físico, há pessoas que são abertas a outras possibilidades. Quais? Isso implica em investigação. Mas há descobertas curiosos sobre as representações da "realidade" no cérebro. Afinal, trata-se de uma projeção, de um modelo de acesso epistemológico, processado pelo que parece ser uma "consciência". O que é? Porquê? Não sei, mas usamos filtros mentais, formas a priori da sensibilidade (KANT). Parece que nossa realidade talvez não seja tão real e concreta quanto gostamos de supor.

Se os 50 primeiros anos do século XX foram os da psicologia inicial, e os 50 finais foram os do cérebro, me parece que estejamos no século da mente, o século da integração. Perceber a vida por apenas um desses dois lados é uma forma de reducionismo. E não sou eu quem digo isso, mas Eric Kandel, psicanalista E neurocientista, ganhador do prêmio Nobell de 2000.

Quanto à consciência e necessidade de modelos maiores para explicar o que transcende o físico, gosto muito das contribuições de Ken Wilber. O seu modelo de esferas, quadrantes e espirais (holons, kosmo) me parece o que de melhor explica e integra as possibilidades epistemológicas das diversas áreas do conhecimento atual. Para um resumo, sugiro o livro "Uma Teoria de Tudo", ou uma visita aos sites brasileiros sobre este autor.

Sugestão de modelo simplificado:
http://www.integralworld.net/pt/subtleenergy-01-pt.html
(esta é a parte 01 de 05, mude os números no link acima)

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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