quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Láz, uma coisa que me intriga: câncer. Gostaria de saber sua visão esp. unida a visão psic. e fís. sobre o assunto dessa doença que cresce cada vez mais com o adiantar dos anos. Não encaro o câncer como poluição dos nutrientes q ingerimos, me parece mais.

Compartilho de sua inquietação. Não sabemos o que seja. Unindo espiritualidade, psicanálise, neurociências, evolução, mutação... Também sinto cheiro de que câncer é bem mais do que imaginamos, mas não tenho competência para dizer o que seja. Eu especulo que tenha algo a ver com evolução e mutação, e também não há como ignorar as implicações psicossomáticas existentes. Intuo que, de algum modo, em um futuro longínquo tenhamos uma outra idéia sobre câncer e vírus dentro do sistema que permite a evolução da vida na Terra, mas não tenho como investigar isso cientificamente. Apenas sei, ou creio que sei, pelo mesmo motivo que antes eu sempre soube da Epigenética, e escrevi muito sobre isso antes de ter um nome - bastava observar para saber que nem Darwin poderia estar tão certo, nem Lamarck tão errado assim.

Câncer também me parece "mais". E a cada morte prematura por câncer, como esta de hoje (Steve Jobs), sinto uma certa impotência pré-histórica, um senso de que poderia ser evitada se já tivessemos a visão ou tecnologia certa. Atuando em psicanálise e vendo doenças psicossomáticas e interações psiconeuroimuno todos os dias, eu SEI que palavra e pensamento modificam mais que comportamentos. Antes de ser psicanalista, também trabalhei por 15 anos em centros espíritas, 3 vezes por semana, e conversei com milhares de pessoas, em especial doentes, tentando levar os alívios que aquela alternativa espiritual oferece. Na época também me convenci - empírica e fenomenologicamente - que as relações entre vida e câncer seguramente pareciam indicar "algo mais", quase uma drenagem de algo psíquico se manifestando no físico - nem sempre com intenções negativas, mas quase como um remédio amargo que às vezes mata o paciente, ou um mecanismo de defesa psíquico que às vezes nos traz patologias.

Há inúmeros casos de câncer agindo de modo auto-punitivo, como se tivesse algo ou de "energético" (no sentido dito "espiritual"), ou como reflexo da culpa, da conversão de sintomas contra o próprio corpo. Parece haver perfis de pacientes (os de posição neokleiniana viscocárica) mais propícios a desenvolvê-lo. Mas tudo isso não passa de estatística, de observação: conhecemos os fatores de maior predisposição ao câncer, mas não temos certezas sobre o seu funcionamento.

Não quero ser reducionista no caso do câncer, até porque nem sei se ele é tão somente uma "doença", é claro que há outras variáveis envolvidas (propensão genética, epigenética, fatores de risco como cigarro, bactérias estomacais, etc). Mas a relação psicossomática é inegável. Talvez por isso me sinta um pouco impotente, eu que atuo com a palavra e também estudo neuropsicanálise e psiconeuroimunobiologia. Antevejo um dia em que consideraremos uma lamentável estupidez termos perdido tantas e tantas vidas prematuramente devido ao desconhecimento do mecanismo desta "doença".

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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