Não necessariamente. Penso até que a análise é tradicionalmente mais procurada por pessoas inteligentes, que tem uma certa predisposição e curiosidade em SE conhecer melhor.
O que ocorre é que racionalização pode ser uma das várias formas de mecanismos de defesa. Mas note que isso também é analisável... E que embora confundam racionalismo com inteligência, não é lá muito "inteligente". Seria como um médico descobrir que tem um câncer, especular quais teriam sido as supostas causas, e achar que por isso não precisaria se submeter aos "colegas" para se tratar e operar. Além de ser pouco esperto, convenhamos que os motivos dessa defesa e negação ao tratamento já seriam uma NOVA manifestação do inconsciente, tão ou mais grave que o "câncer" (ou neurose) em si. Afinal, câncer tratado nem sempre mata, e neuroses bem conhecidas não trazem tantos prejuizos nem impedem tanto nossa socialização.
Apenas um detalhe: Até onde assisti, começo da 6a temporada, não vi o House fazendo análise. Eu o vi numa clínica psiquiátrica, mas não era método psicanalítico. Uma série que se aproxima mais do setting analítico é a "In Treatment". Mesmo assim, ainda não é plenamente psicanálise, embora se aproxime em algumas intervenções.
Comentários, reflexões e respostas em psicanálise, filosofia, espiritualidade, sociologia e política, pelo Prof. Lázaro Freire. Pergunte-me qualquer coisa. Se deseja alguma resposta na forma de post, envie sua pergunta anônima, sintética e respeitosamente nos comentários, começando sempre com " PERGUNTA ANÔNIMA: " (sem as aspas).
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Em alguns episódios de House ele aparece fazendo terapia. Pessoas como o personagem, altamente inteligentes ou perceptivas, têm maior dificuldade com o processo da análise, ou mesmo alguma outra particularidade?
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