segunda-feira, 3 de maio de 2010

O que fazer diante de uma injustiça pessoal que parece ficar por isso mesmo?

Cada caso é um caso. Há casos em que devemos chamar a polícia, há quem prefira preces, outros acendem velas pra Xangô. Em outros, é o "injustiçado" que demanda análise ou terapia; seja para aprender a lidar melhor com os revezes da vida e seguir adiante, seja para se questionar porque dava tanto poder de sua vida para quem supostamente o "injustiçou".

O mundo parece ter um mecanismo de equilíbrio - causas costumam trazer consequências. Cada um colhe o que planta, nembsempre diretamente. Muitas vezes o novo amor - ou a própria liberdade - já é a recompensa pelo amornperdido, o rancor não compensa nem é racional, a vida já nos recompensou. Muitas vezes reclamei das injustiças e intempéries sem causa que recebia de meu chefe, que de fato ocorriam, mas durante a reclamação me esquecia de focar no muito de bom que minha vida recebia em outros campos, alguns deles a partir de meu salário ali.

Uma vez um grande amigo "dantesco" que estava se separando me levou certa quantidade significativa de dinheiro, e ainda por cima perdi o amigo, que passou a me evitar para não pagar. Certa vez mudou de calçada numa rua pensando que eu não o vi. E um dia, ao ver que eu havia mudado de carro, me agrediu dizendo que "eu não precisava do dinheiro, já que eu devia estar muito bem a julgar pelo carro que eu tinha". Durante muito tempo fiquei magoado, mais pela perda do amigo e impotência. Mas posteriormente a vida me colocou um outro grande amigo (Olavo) em melhor condição que me ajudou bastante em um momento difícil meu, também após separação (minha), também envolvendo quantia parecida, até maior. Notei que a vida, não tendo como reparar a partir do agressor, usou os melhores meios para me recompensar. Passei por algo parecido no meu ultimo relacionamento, por mais que eu gostasse da pessoa ou fosse injusto o que eu passava, ela não podia me dar o que eu necessitava como necessitava - e, talvez, vice-versa. Terminamos, ambos achando tudo injusto sobre nossas óticas egoístas, mágoas mútuas indevidas - mas a vida nos recompensou imediatamente, com sincronicidades incríveis, dando a cada um o que fosse melhor para o seu momento. Entendi o recado da Vida. Ela, infelizmente, não. Mas cada um tem o seu tempo e razão.

Por fim, lembro uma frase de Bach:
"A marca de sua ignorância é a profundidade de sua crença na injustiça e na tragédia. O que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta."

Fala que eu te escuto... Pergunte-me qualquer coisa:

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